EDUCOPÉDIA EM AULAS DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL
Naira Cristina Vieira Lemos
Há cerca de seis meses, professores da Rede Municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro foram apresentados a uma proposta inovadora: uma plataforma de aulas digitais batizada de Educopédia. Esta plataforma foi desenvolvida em tempo recorde pela equipe do NCE da UFRJ, e as aulas paralelamente construídas por um grupo de professores da Rede Municipal carioca. Estes professores passaram por um processo de seleção inovador, conheceram um pouco mais sobre Metacognição e foram apresentados à metodologia do Fio Condutor, sob orientação de uma Equipe da UFRJ.
A plataforma está disponível no endereço eletrônico http://www.educopedia.com.br e pode ser acessada por qualquer pessoa utilizando a opção “Entre como visitante”. Alunos e professores da Rede Municipal do Rio de Janeiro podem ter acesso a todo conteúdo disponível: aulas digitais em formato de apresentação, plano de aula, Educoquiz, Educossíntese e a outras funcionalidades, fazendo login com e-mail institucional.
Em agosto, a Educopédia foi lançada oficialmente, ainda em fase de testes, com aulas do 2º ao 9º ano de Língua Portuguesa e Matemática. A plataforma, após esta fase de testes e aprimoramento, disponibilizará, também, aulas de Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física e Inglês.
Percebeu-se que as aulas de Matemática podem ficar mais atraentes com a utilização de atividades apresentadas nas aulas da Educopédia. A professora Naira Cristina Vieira Lemos, além de Educopedista – termo utilizado para definir profissionais envolvidos no projeto -, ministra aulas de Matemática na Escola Municipal Alzira Araujo, em Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio e decidiu utilizar algumas das suas aulas produzidas para Educopédia com seus alunos do 8º ano. A construção do conceito de ângulo, nem sempre passa por todas as etapas e muitas das vezes deficiências são detectadas. Baseando-se nas Orientações Curriculares, a professora decidiu utilizar a aula 27 do 7º ano da Educopédia, antes de trabalhar os conceitos de ângulos complementares, suplementares e ângulos colaterais, alternos, correspondentes etc.
Na ocasião, utilizou-se um notebook, projetor da própria escola e caixas de som dos computadores da sala dos professores. As atividades iniciais desta aula estão baseadas num joguinho eletrônico muito comum chamado “Tetris”. Talvez a proximidade do joguinho com o cotidiano dos alunos tenha feito com que eles se identificassem com aula à primeira vista. As atividades seguintes estão baseadas, principalmente, em games educativos, vídeos e manipulação de applets Java. Os alunos mostraram-se muito motivados com a aula inovadora. A atividade 11 propõe que os alunos utilizem fotografias próprias ou de terceiros para destacar ângulos e classificá-los. Os alunos não se contentaram em utilizar apenas revista, papel, régua, cola e tesoura. Propuseram um desafio maior: Por que não produzir material para disponibilizar no blog criado pela professora? Muitos grupos se empenharam e protagonizaram no blog apresentando seus trabalhos no formato de vídeo. O endereço eletrônico do blog é http://eurekabr.blogspot.com.
Sabe o que é o mais legal de tudo? Os alunos produzindo... aula pra mim é isso: aluno fazendo...botando a mão na massa! Uma aula ativa, dinâmica, agitada...falatório, falantes, falar, falar... aula parada, alunos passivos no processo de aprendizagem? Tô fora! E aprof. Naira está de parabéns pelas suas iniciativas...conte-nos mais...dá gosto de se ver! Quando eu crescer serei igual a você!...kkk. Amiga, vc é 10!!!!
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